A peça começa com uma atriz, Vera, entrando no estúdio para fazer teste para o papel de Dercy Gonçalves em um filme.
Conforme vai dando suas falas, ela se revolta contra o roteiro, cheio de estereótipos. Sua mãe era grande fã de Dercy e por isso Vera cresceu conhecendo e sendo influenciada pelo exemplo dessa artista icônica. Ela então, transformando-se em Dercy, começa a mostrar quem realmente foi essa mulher à frente de seu tempo. O premiado monólogo “Nasci pra ser Dercy”, estrelado por Grace Gianoukas e escrito e dirigido por Kiko Rieser, presta uma homenagem a Dercy Gonçalves, uma das maiores atrizes do século XX.
Desde a estreia, no dia 13 de janeiro de 2023, em São Paulo, o espetáculo é enorme sucesso de público e crítica, com temporada prorrogada na cidade. A turnê nacional começou em maio e o sucesso continua por toda a cidade em que passa. Grace Gianoukas foi vencedora dos prêmios SHELL e APCA de melhor atriz (2024), I LOVE PRIO DE HUMOR, melhor performance, e Kiko Rieser vencedor do Prêmio Bibi Ferreira 2023 na categoria Melhor Dramaturgia Original, por “Nasci pra ser Dercy”. O espetáculo ainda foi indicado ao Prêmio CENIM de melhor monólogo, e prêmio Miguel Arcanjo, melhor direção, peça e atriz.
Volta para a capital paulista, depois de percorrer mais de 60 cidades pelo Brasil, visto por mais de 40.000 espectadores, e tudo indica que pode ser a última temporada em São Paulo. Dercy Gonçalves (23/06/1907–18/07/2008) faleceu há 15 anos, aos 101 anos, sem que jamais tenha havido nos palcos brasileiros uma peça que a homenageasse. Até agora!
O texto busca unir o apelo popular e o carisma de Dercy através de uma profunda pesquisa, a peça mostra a importância, muitas vezes ignorada, da atriz para o teatro brasileiro e para a liberdade feminina, bem como sua inquestionável singularidade. Desbocada e defensora da mais profunda liberdade, era muito recatada em sua vida íntima, chegando a se casar e enviuvar anos depois ainda virgem. Contestava frontalmente a censura da ditadura militar, mas se recusava terminantemente a levantar bandeiras políticas específicas que não fossem a da irrestrita liberdade e do respeito a todas as formas de existir. A atriz se consagrou como vedete do Teatro de Revista, mas sua maior contribuição ao nosso teatro se deu ao levar essa expertise para a comédia popular, que ela revolucionou inteiramente, trazendo textos fundamentais para o Brasil e instaurando uma nova forma de interpretar, que rompia com todos os padrões e inaugurava em nossos palcos uma representação genuinamente brasileira. Amada por quase todo o país, Dercy Gonçalves é uma figura largamente reconhecida, mas pouco conhecida de fato.
“Dercy Gonçalves é retratada quase sempre como apenas uma velha louca que falava palavrão”, fala Kiko Rieser, que no texto procura revelar ao público a mulher grandiosa e complexa que ela foi. “Uma atriz vinda do teatro de revista que recriou a comédia brasileira. Uma mulher que era chamada de puta, mas que casou e enviuvou virgem, iconoclasta e devota, libertária, mas avessa a qualquer bandeira, inclassificável e singular”, completa o autor.
FICHA TÉCNICA:
Texto e direção: Kiko Rieser.
Atriz: Grace Gianoukas.
Voz Off: Miguel Falabella.
Diretor de produção: Paulo Marcel.
Técnico de luz: Venicio Alvarenga.
Técnico de som: Éder Souza.
Cenário e figurino: Kleber Montanheiro.
Assessoria de imprensa: Flavia Fusco Comunicação.
Fotos: Heloísa Bortz.
Realização e produção nacional: Ventilador de Talentos.
Produção associada: Rieser Produções.
SERVIÇO:
Temporada: 10 de janeiro a 02 de fevereiro de 2025.
Apresentações: Sextas, 20h l Sábados, 18h e 20h l Domingos, 18h.
Ingresso*: Setor A (R$ 150,00) e Setor B (R$ 120,00).
Duração: 80 minutos.
Classificação etária: 14 anos.
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10 de janeiro a 02 de fevereiro de 2025.
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Sextas, 20h l Sábados, 18h e 20h l Domingos, 18h.
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